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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Memória Tenaz


Sei que alguma coisa tenho que imaginar
e se não fosse o contra-tempo devagar
me tornaria volúvel sobre teus olhares

Cada rubrica cedida de teu pensamento
me enforca, películas, musicas.. alento
as possibilidades me embriaga os ares

Imagine só, correr nesse céu de areia
ver a pele queimar no calor do dia
e tenazmente, noite esfriar com lua cheia

Seria doloroso perder o que se mais adora?
não tenho onde guardar os sonhos,
guardo teu retrato numa caixa de pandora.
l.mar

Dedicado a Aline Martins

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Libertas quase sera numquam

No fundo, no fundo, qualquer motivo é pretesto e que me embarguem a saliva, predam-me o queixo. Nunca se ponha nos teus papeis; tuas certezas, na certa, te dão forma, so que não.. você não precisa disso, daí surge mais cetezas. Mortificados sobre regressos e falhos acassos, seres humanos se dilaceram na percetagem que lhe restam de liberdade, afim de, de maneira assídua, reafirmarem-se, amorosamente, animais domesticos.

O transito animal em qualquer engarrafamento. Buzinas, pontos de vistas.
l.mar

terça-feira, 10 de julho de 2012

Entre duas cidades

Já fingi piedade, só me excedia.
Desenvolvia minha ousadia em ideia minusculas,
tão sem prestígios, que riscos não via.
Não me satisfazia com ciscos,
guardava a raiva ou lacrimejava alegria,
nem notava, se quer ser visto.
O que me apunhalava
não era o fato de não ser quisto,
mas se sobrava meu olhar empáfio.
Talvez fosse determinista,
imaginava socialista juvenil, bravio,
mas nunca dividido, um dia apaixonado.
Hoje sombrio .
l.mar

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Reflita

Paciência não aguarda mais o acaso, abandonou a madrugada, desfez-se de amizades, ignorou outras crenças, se deitou de melancolia, conheceu todo o gosto que desprende esse mundo. Programou seu despertador pra aquela hora, engoliu seu café forte e de maneira sinforme, tratou todos como banto. Não soube do amor, nem de seu perfume. Só lhe coubera imaginar..
l.mar