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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Recife de Cordel II: O menino e sua pipa

Um rio que conta a história de um menino e sua pipa, é mais que água  é mais que terra e vento, ponte e gente, é mais que Cabral, são ilhas.Um menino e sua pipa, um parque, jaqueira, uma ladeira, Olinda, uma bandeira, Manoel. Uma cidade de casa amarela, de cana e de areia, de ritmo e folia, que tu és dentro de vários corações.És a saudade da lembrança, da violência e de vários Severinos, Josés, Chicos, Sciencens. Uma nação, amorfa de sotaque, mauristand. De outras independências surgisse, assim, laranja, Recife.
l.mar

sábado, 25 de maio de 2013

Leminski sobre você

Porque tem que ser você?
A gente mal se fala, a gente mal sabe um do outro.
Mergulhar num poço sem água, morrendo de sede..
Mas hoje ninguém cede nada!
Em Bem no fundo, parece que Leminski me avisava.."lá pra trás não há nada, e nada mais."
Nada.
l.mar

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Recife de Cordel I: a cidade que destrói utopia

A cidade que destrói utopia
me deixou engasgado
e com sorriso amarrado
de longe o que eu queria
jamais foi só coração
em transito, a mansidão
não se tem paz, nem apatia

Aqui sobra diferenças
até mesmo de cultura
também, onde sobra usura..
Aqui se tem esforço, crença
Aqui se acredita em pessoas!
O dinheiro não voa
O 'arrudeio' compensa

Recife é puro carnaval
dentro de um escritório
é ócio compulsório
numa folia descomunal
não há tempo pra sonhar
há fome de se aproveitar
o lajedo não requer estrutural
l.mar

sábado, 18 de maio de 2013

Ressaca

-To afim de ver essa tempestade passar
Como quem assiste a própria vida da varanda
To cansado dessa coisa de "quem se ama"
To precisando parar e descansar

-E se eu dissesse que espero um filho teu?
Ta um parto essa saudade toda
Ta um caos, como o vento que bateu
A ressaca veio, passou; o vento ressoa

A caneta não para
O suor pinga no papel
"- Entre achados e perdidos, todo mundo já perdeu um pedaço do céu."
l.mar

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Como fotografia

Vou sentir sua falta. Porra, que falta você me faz!
Que falta faz aquele triste olhar, derrotado pelos dias. Engraçado que somente eu achava que ele se encaixava com teu sorriso, e que sorriso. Falando em teu sorriso.. prefiro não falar, pra lembrança não escapar. To levando comigo tua presença, como fotografia. To levando comigo tua petrologia, tua textura. Descrevendo meus dias em pura saudade e pura vontade de te encontrar. Vou te olhar e te dar o melhor abraço que tenho tido. Vai ser como abraçar o infinito.
"Essas coisas acontecem uma ou duas vezes na vida, se tiver sorte."
l.mar

domingo, 12 de maio de 2013

É preciso calma, coração

Coração,

Há algo vazio nessas linhas, nesses passos
mesmo sabendo que é preciso passo firme
nessas horas de mudança e de saudade.
É preciso calma, coração.
Quem tem medo de sentir saudade
sabe que tudo valeu a pena.
Sabe que aquele sorriso acanhado
é ameno e deu paz pro teu mundo.

Qualquer dia coração, o sorriso volta
e te da o chão que tu ama tanto em pisar.
Chão que só é firme se tem sorriso e coração.
l.mar

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Outro infinito, em outro lugar

Tenho tempo para errar, tenho a vida toda pra dizer que tudo pode ser um erro.
Assumo coisas que qualquer ser com massa morreria de medo.
Assumo meus erros, assumo minhas vitorias, minhas especulações e sobre tudo meu amor..
Assumo meu amor, pois mesmo me deixando no lixo, ele me da um lugar, um lar.

Sobre minha fome de querer.. nos meus poucos quilos nem sei o que é fome.
Mas sei que o que impera por aqui já possou de resistência. Se deixei de ser viscoso?!
O que impera por aqui não é orgulho, é o doce desejo de se negar sempre e sempre.
É mais um sorriso quando se sobra tédio, é saber que posso abraçar o infinito.

Mas agora o infinito deixou de ser um céu, um horizonte, um sorriso.
Agora preciso ser outro infinito, em outro lugar.
l.mar

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pássaros

Queria te ver entrando por essa porta
percebendo teu sorriso pequeno
Que ilumina o cômodo , sorriso ameno
mais que teu olhar quando me nota.

Te ver inclinando a cabeça, na dúvida
como quem encontra alguém inesperado
mas quis ser, mais que tudo, esperado
em cada detalhe que tu usa e abusa

Pareces não gostar tanto de detalhes
e tão pouco liga quando te atento
Mesmo quando te falo dos nossos lares

Eu tenho mais que aflição por dentro
E como os pássaros que andam em pares
Me inspiro em sonhos que invento.

l.mar

sábado, 4 de maio de 2013

Coração ameno

Que até me custe a paciência,
porque de tudo fiz ao meu alcance.
Dobrei mais que as mangas do tempo
e fiz desse instante uma grande coleção.
Pude por em teus braços o que mereces,
pois sei bem que mereces mais do que fiz.
Pude por em teu sorriso o azul mais azul,
pra me satisfaze-lo em te ver sorrir sempre.
Sei que nada me deve e nada posso cobrar
cobro do tempo o encontro certo, outra vez.

Já que me cubro de teus sorrisos e paciência,
sei que vou me cobrir de saudade como nunca.
Que eu não tenha memoria para lembrar, então
do momento exato que decidi te acompanhar
do momento exato dos caminhos de teus olhos
do momento exato dos caminhos de teus sonhos
percorrendo e confiando-te minha pele e pelos.
Então decido que te esqueço não te esquecendo
descobrindo que o que pertenço é ainda pequeno.
Ainda, um dia, posso caber no teu coração ameno?
l.mar

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Um par de martelos

Quando alimentamos nossos sonhos
(o meu alimentou o teu e o teu o meu)
nos entendi de uma maneira simples:
Somos dois querendo ser dois,
um par de botas e perneiras
um par de martelos no chão,
fixando o olhar ao horizonte
vendo que esse tempo há de ser
mais adiante que o daqui a pouco.

É que o tempo tem dessas coisas..
Erodi, transporta, mas litifica.
l.mar