Há um carnaval no meu violão. São dias de folia, dias cinzentos de melancolia. Vibra as cordas e os confetes no ar.
Há um carnaval no meu peito, mas me falaram: se perder.. calma, se sorrir.. fica.
Há um carnaval no meu quarto, aquele que os móveis me fazem tocar uma música cheia de saudade.
Coleciono carnavais pela vida, e faço deles todo sentimento. É a escola de samba estourando o tempo na avenida. É o frevo sem trompete. O Maracatu de único baque. Brinco bem muito, é essa coisa de artista de dor a prazo, mas quem me vê já sente na vista. Meu bloco é aquele segundo álbum daquela banda que sempre passa no meu carnaval.
l.mar