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domingo, 29 de abril de 2012

Guerra?

Ele peita o mundo, mas tranca a cabeça.
Fecha os olhos pra nao ver as estrelas
E no final de tudo, exclamação.
Poem sua roupa de todo dia,
Exibe fotos que nao sorria,
e obedecia, alias, solicitação;
Pouco se cansou,
numa dessas casas, encostou,
e morreu da falta de mundo.
l.mar

terça-feira, 24 de abril de 2012

Tua simetria

Fui lembrando: se todo dia me deparasse ou algo acontecesse; algo como teu olhar, as coisas teriam mais gosto de café? Ou seria somente a alegria? Com esta luz, amanhecerás andando perto do jardim, entre as rochas.. Posso ate ser louco de pedra, mais teu hábito se encaixa perfeitamente... Tendo o mais raro sorriso, que é teu.
l.mar

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Logo tu

Gasto-me, e me esvazio
e na próxima esquina,
o céu esguio
me toma só, minha sina.
Refletindo as horas em metros,
o sol quente me cansa, me lança
e tudo que já passado, sendo teto
que ânsia parasita, que ânsia!
Teu rumo cedeu desculpas
no meio destas palavras,
nada a pagar, nem se apegar,
Foste infeliz, cruel. Enojei.
l.mar


terça-feira, 17 de abril de 2012

Cianita

Tu me lembra tanta gente,
tanta gente longe, tanta gente perto,
de certo mais correto a se fazer
é te prometer curiosidade.
Se tratando desse impasse,
tens um caminho por onde passasse,
escondesse as asas.. me amarrasse!
Me cortas a angustia entre tantos,
e entretanto me desafia melhor..
quando me desata ideias na cabeça
mas na alma, teu olhar me da um nó.
l.mar

sábado, 14 de abril de 2012

Looping

Nunca estamos novo, de novo
so o tempo necessario.
E nem no tempo estamos,
nem em si moramos.
O mais precario sentimento,
vai sofrer o tormento
de um coração injustiçado.
Pois se houvesse justiça no amor,
estavamos casados, arranjados
enamorados.
E se não largamos,
que poetica incredulenta,
o tormento nos seria,
e tudo isso de novo aconteceria.
Que vida nojenta!
Sendo o amor tão logico,
igreja, aliança, papel..?
Chega de voltas,
chega de nós, de fel.
-Senhor tempo,
depois das férias, eu ganho o céu!
l.mar

-dedicado a Barbara Martino

Sedimento

Queria de verdade que esse mar tivesse toda urgência; não a que tem, foi minha incompetência. Querer sair por ai, sem ancora, sem proteção. Há de quem se protege e perde a emoção, eu não.. Custei-me acreditar que ainda tivesse algo a me impressionar, descobri a apatia em cada porcentagem de água no meu corpo. Em cada cela unitária, desfez-se a simetria .Então, me entorpeci, sedimentei.
l.mar

terça-feira, 10 de abril de 2012

Desc'arte

Quando não for de mim,
meu egoismo vai sentir a crença da saudade.
Mas se for de mim,
fez-se mar,
e desfez-se a fenda da verdade.

Nao a que se cura com retalhados,
nem a de cura medicinal,
mas o que da mais trabalho,
da saudade continua,
a vivencia integral.

Sendo a mais, por isso, o caos,
querendo-me indagar-te,

no mais profundo sal, a halita,
no breu do talude..
digo; -SOLUCION'AR-TE!


l.mar