Chuva que seca, chuva de vento que abre a fresta.
Desfez-se a palhaçada e acabou a festa.
Sem homem-palhaço, sem homem-plateia,
não se faz nem um circo, perdeu-se as bateias.
O mundo parou, e chegaram as cigarras cantantes.
Acendam seus cigarros e tragam os espumantes.
Fogos coloridos para ascender estrelas brilhantes,
e muita tinta guache pra pintar o povo dançante.
Mas quebrem os muros, e libertem seus mouros,
o picadeiro vai ser pintado de ouro!
Aqui não se cobra mais ingresso, assim confesso:
que nosso mundo imerso, vai sofrer um retrocesso.
Mais chuva para lavar a vida!
l.mar
Nenhum comentário:
Postar um comentário